segunda-feira, 29 de março de 2010
Irreversible (La Oreja de Van Gogh)
Volta a chover em teus olhos
Vontade de falar, vontade de me explicar
Penso em ti e um pouco mais em mim
Sem ti para incentivar os meus sonhos e a minha loucura a vida ficou cinza
Não que haja a necessidade urgente, mas a real vontade de ter a tua companhia
E ao esperar a tua volta, espero que compreendas a minha traição
E espero que aceites a minha devoção
Que sempre foi tua somente tua
E desde aquela noite
Na qual viste minha insensatez desnuda
São tão fortes as batidas do meu coração
Que superam o som da minha voz
E depois daquilo,
Meu melhor amigo só escuta teu nome
E a cada noite eu morro um pouco mais
E desperto com a esperança do teu regresso
Com a certeza de que não voltará a chover
(SANTOS, L.)
domingo, 28 de março de 2010
Agua Pasada (Joaquin Sabina)
E assim foi escapando de uma prisão de amor como se fosse a fuga mais esperada da sua vida e caiu nos delírios do álcool para esquecê-lo. Sempre fugitiva daqueles sentimentos, descobriu sua loucura e atravessou o oceano para melhor viver, para correr atrás de sua essência. Enquanto aqui estava, disfarçava sua solidão com a voz de Sabina e com palavras de Caio Fernando de Abreu. Tinha a certeza de que isso a completava. Completava ou satisfazia seu vazio passageiro que nunca passava? Viveu num quadrado onde tudo parecia perfeito, perfeitamente calculado. Trocou o passado perfeito por um presente perfeitamente imperfeito. Dividida entre duas línguas e dois amores foi viver o seu desejo cultural. A vida materna em decadência, a vida estrangeira em ascensão. E no meio dessa tormenta, foi alimentar sua alma. E no meio dessa refeição conheceu a perdição de sua vida. Conheceu a salvação da sua vida. Duas almas insanas com ânsias profanas. Sabina os uniu. Caio Fernando os alimentou. Ele teve atitude, ela teve medo. Fugiu, correu. Voltou para a terra materna. E aqui entendeu que o lá não era a sua essência e sim o seu sonho. E lá viveu o seu sonho pequeno burguês de encontrar o grande amor no meio da multidão. Lá chegou a pensar que não sobreviveria sem anfetaminas. Aqui compreendeu que estava completamente adicta do amor que sentia e recebia dele. Lá pensou que fora vazia. Aqui compreendeu que é completa. E que apenas quer se dividir com a completude dele.
(SANTOS, L.)
quinta-feira, 25 de março de 2010
Un Mundo Mejor (La Casa Azul)
Te odeio
te abomino
e te desejo ...
A parte boa
é que estimulas os meu sentimentos
é que estimulas a minha criatividade
e a minha sensualidade!
Enquanto estás no virtual
minha vida segue normal.
Se foges deste quadrado,
minha vida vai para o inesperado...
(SANTOS, L.)
te abomino
e te desejo ...
A parte boa
é que estimulas os meu sentimentos
é que estimulas a minha criatividade
e a minha sensualidade!
Enquanto estás no virtual
minha vida segue normal.
Se foges deste quadrado,
minha vida vai para o inesperado...
(SANTOS, L.)
terça-feira, 23 de março de 2010
Deja Vu (Gustavo Cerati)
E sigo comendo as maçãs da feira
para adormecer
e quem sabe nesse passo
eu passo sem ninguém me perceber
Literalmente escondida
nesta vida sintática
que virtualmente
analiso no teu discurso
Todavia se teu discurso
sair do teu virtual
e vier para o meu literal
deixo de lado a análise
As maçãs irei vender
para que nessa sintaxe
bem devagar
alguém comece a me perceber
(SANTOS, L.)
para adormecer
e quem sabe nesse passo
eu passo sem ninguém me perceber
Literalmente escondida
nesta vida sintática
que virtualmente
analiso no teu discurso
Todavia se teu discurso
sair do teu virtual
e vier para o meu literal
deixo de lado a análise
As maçãs irei vender
para que nessa sintaxe
bem devagar
alguém comece a me perceber
(SANTOS, L.)
quarta-feira, 17 de março de 2010
A Fábula (Nei Lisboa)
Te encontrar se faz preciso
neste momento de turbilhão
neste momento de imensidão
onde tudo parece indeciso.
Se estou assim, a culpa não é tua
a culpa não é minha...
Não existe uma culpa,
não existe uma desculpa!
Busco há muito tempo meu reflexo
que hoje o teu retrocesso me devolve.
Em doses homeopáticas e intensas
desta tua imensa tristeza.
Te Sigo Soñando (DePedro)
(...)
Na tarde anterior havia mandado para a casa dela uma roseira de presente com o seguinte cartão: “Uma rosa não basta. Uma dúzia é clichê. Te presenteio com a roseira para que juntos plantemos nosso jardim. Com afeto, Teu Diletto.”
Encontraram-se em um café e por horas a fio conversaram. Ela sabia que a partir dali sua vida mudaria e muito. O modo como ele a olhava, como respirava, gesticulava e mexia o cappuccino com aquela colher de prata a hipnotizavam. Enquanto falava, gesticulava. Enquanto mexia o cappuccino, falava. Enquanto bebia, a desnudava com o olhar.
E assim – persuadindo, seduzindo, provocando, irritando, enganando – foi conquistando. Foi envenenando com a sedução de maior abandonado; com o jeito único de ser: um jeito roqueiro de viver, mas que revela um tango no coração.
E ela segue afirmando que foi (e seguirá sendo) o brilho daqueles olhos ao pousar nos dela que faz com que ela continue desejando o desejo dele.
(...)
Na tarde anterior havia mandado para a casa dela uma roseira de presente com o seguinte cartão: “Uma rosa não basta. Uma dúzia é clichê. Te presenteio com a roseira para que juntos plantemos nosso jardim. Com afeto, Teu Diletto.”
Encontraram-se em um café e por horas a fio conversaram. Ela sabia que a partir dali sua vida mudaria e muito. O modo como ele a olhava, como respirava, gesticulava e mexia o cappuccino com aquela colher de prata a hipnotizavam. Enquanto falava, gesticulava. Enquanto mexia o cappuccino, falava. Enquanto bebia, a desnudava com o olhar.
E assim – persuadindo, seduzindo, provocando, irritando, enganando – foi conquistando. Foi envenenando com a sedução de maior abandonado; com o jeito único de ser: um jeito roqueiro de viver, mas que revela um tango no coração.
E ela segue afirmando que foi (e seguirá sendo) o brilho daqueles olhos ao pousar nos dela que faz com que ela continue desejando o desejo dele.
(...)
terça-feira, 16 de março de 2010
A palavra bem dita constrói;
A palvra maldita destrói.
A família que um dia foi a base
também pode se tornar a ruína.
O cachorro pode ser o mais fiel,
mas também pode ser aquele que mata.
Por isso eu gosto das ovelhas:
elas nascem bonitinhas, tomam leite na mamadeira,
crescem e aparam a grama -- sua fonte de alimentação.
Com o tempo engordam e morrem.
Com a sua lã eu posso me aquecer no inverno,
com a sua carne posso me alimentar.
E a melhor parte: elas são silenciosas, discretas e não atacam o dono.
Continuo com a idéia campesina.
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