domingo, 25 de abril de 2010

Te quiero con limón y sal ... A.!

E ontem teve festa e eu não dancei. E ontem teve carnaval e eu não desfilei.
Carnavalizando meus sentimentos. Este furacão que me invade quando penso naquele que penso.
Certamente isso é bossa nova! Uma vaidade disfarçada de orgulho. Ou estima por mim mesma.
Bem, não importa. O que importa é que me descontrolei pela decisão da ausência. Se causou alguma reação eu não sei. Mas uma champagne foi aberta. Líquidos borbulhantes me invadiram e desejei muita felicidade.
E seguimos dando tempo ao tempo. Caminhando em passos lentos. Respeitando meus limites.
Existenciais e circunstancias.
Para que com o tempo, se assim o mereceres, possa dar-te tudo o que tenho.
Para que pouco a pouco, esquecendo do tempo e da sua velocidade, haja um encontro.

Una cita con tus ojos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010



E amanhece novamente... é a lei da vida e com isso não poderemos nunca parar!
E esses bichos caminhantes que hoje somos são completamente distintos daqueles que fomos ontem, pois um abismo nos separa de nós mesmos: aquilo que fomos não somos mais. E tampouco queremos seguir sendo (certamente eu não quero). Onde fomos parar eu não sei e não me importa sabê-lo. Afinal, a roleta-russa na qual nos transformamos nos agrada; essa coisa constituída de sol e chuva, princípio e final. Feitos de mistério e traição. Traindo-nos o tempo todo. Enganando-nos como se não fosse evidente o que estamos fazendo. Demos tantas voltas em nós mesmos que hoje nos tornamos maravilhosamente estrangeiros: não saber mais o que se é torna a vida mais interessante. Libertos de amarras. Livres para seguir com mais segurança. Mesmo que não se saiba com quem se está viajando. Afinal, aquele excesso de lucidez me incomoda! Ainda gosto do gosto da parte romântica da vida. O que ainda não sabemos nos encanta, o que estamos decifrando enquanto caminhamos torna a estrada mágica nesta escandalosa prisão de sentimentos...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cha Cha Cha Moderno (Nei Lisboa)

E é nessas horas que percebemos a fragilidade da vida: numa hora estamos aqui, em outras não; numa hora estamos sozinhos, em outras acompanhados; numa hora estamos completos, em outras completamente vazios...
E é nesse vai e vem, vai e não vem que vamos nos encontrando, que vamos nos buscando. Eu e tu, tu e eu. Chegando bem perto de um nós. Conjugando e vivendo os verbos que vão aparecendo. Nos seus tempos perfeitos e imperfeitos; ajeitados com os pronomes que vão acompanhando.
E os caminhos se encontram, se desencontram e se reencontram. Quem somos e para onde vamos me parece complexo. Me importa mais viver e escolher ser feliz. O que é ser feliz eu também não sei. Então escolho estar alegre. Comigo, contigo, com todos; no presente e no futuro. Melhor ainda: escolho estar. Ser me parece ilusório. Pois, afinal de contas, o tempo é a ilusão que não volta mais, o tempo é ilusão em qualquer lugar!