quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mientras tanto...


Aqui, sentada com minha xícara de café
Percebo as mudanças ocorridas.
Realmente, os ventos de Novembro renovam
as energias do inverno.
Levam o que foi ruim,
presenteiam surpresas.

Impressionante!

A poesia explica. A vida confirma.

sábado, 16 de outubro de 2010

Para Dedé: hermanas, siempre!

Hoje a tarde teve uma melancolia diferente: uma mistura de saudade com reencontro. Seja lá o que isso quer dizer, está sendo muito bom, pois a semana foi um tanto quanto intensa e apaixonante. Muito metafórica? Aaaah, vamos aos fatos então!
Primeiro de tudo, a "bonitona" aqui teve de puxar o freio de mão; tudo por conta de um 'quase' ataque cardíaco (parece que foi isso) no feriado. Puxa, senti um medão terrível, uma sensação muito estranha que nem quero saber definir. Obrigada a ficar em casa fazendo repouso, começei a estudar para o processo seletivo que estava acontecendo na instituição. Ainda na dúvida, sentei, planejei e terminei o trabalho (obrigada pela paciência, Jana!) para apresentar e defender. Fui, apresentei e defendi. Yá! Aprovada (mas a ficha só caiu no outro dia), fui caminhando pela Gonçalves Chaves para ir atrás de outra avaliação médica e passei pela casa da mãe da minha irmazona que foi embora da cidade. Parei e chamei por ela. Yá! A chuzinha estava ali tomando um amargo. Coincidências ótimas da vida!
E hoje, especialmente, lembrei das nossas tardes de bobeira no Laranjal. Lembrei das tardes na orla com o amargo e as músicas alimentando a alma. Das conversas que tínhamos sentadas no Trapiche (hoje interditado), das macarronadas acompanhadas de um bom tinto, das dúvidas que resolvíamos juntas e, principalmente, das imensas gargalhadas proporcionadas pelas Patrícias que Papito e Dirçú permitiam. Ô tempo maravilhoso!
E sempre presente em várias situações fortes da minha vida. Companheira, acima de tudo. Sem aquela convivência devido à geografia, mas seguimos com o mesmo carinho e as mesmas afinidades. Uma amizade muito bonita, muito pura. Coisa rara!
Semana que vem estou aí amiga. Cheia de novidades. Cheia de saudades.
Faz o carreteiro que faz falta o teu tempero.
Deixa pra mim a macarronada porque te faz falta a gargalhada.

Heranças da vida!



"Deja que tus sueños sean olas que se van
libres como el viento en mitad del mar
creo que la vida es un tesoro sin igual
de los buenos tiempos siempre quiero más." (Sueños -- Diego Torres)

domingo, 10 de outubro de 2010

Todo se transforma -- Drexler

Hoje eu havia pensado em escrever algo muito lindo e muito perfeito. Mas não quero mais. Sabem o motivo? Tenho sonhado muito com sapatos. Sim, com sapatos. Será essa uma fixação nova? Seja lá o que isso queira significar, desencadeou um processo de futilidade e satisfação. Se isso tem algo a ver com vazio, não me importa: o que importa é que sinto uma sensação de mudança. E se alguém aí também sente algo assim, meu bem, podemos dizer que a culpa é da primavera. Como se a vontade de mudar tenha que ser justificada... Iá!

É, eu sei que isso tudo está muito filosófico, metafórico ou qualquer outra coisa. Mas eu falo de sonhos e sapatos: quer mais abstrato do que isso? Com tanta coisa para sonhar, sonho com sapatos! Poderia sonhar com coisas que queria dizer e não disse, com pessoas, com situações que não acontecem, com aquelas que queria que tivessem acontecido... ai, sei lá! com tantas milhares e zilhares de coisas: sapatos! sapatos! sapatos!

E quando eu souber o signifcado real disto, eu compartilho aqui. Aquele dicionário de sonhos está muito perfeito para o meu senso crítico. A bela adormecida já acordou. E faz tempo, Sr. Sapo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

As Interrogações

A vida é tão circular que me cansa.
Será que isso é geográfico?
Ou astrológico?


E vivendo um dilema poético: o que fazer com a "Castelhana?"
Help_me friends!

P.S.: A "Castelhana" é a continuação do texto postado abaixo
'Helado de Aguardiente'. Dilema Bethânico...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Helado de Aguardiente

Então cansou de tudo e saiu a caminhar com sua Les Paul. Tirava de seu coração toda a tristeza que estava sentindo enquanto divertia a multidão: seus olhos demonstravam uma certa perdição em seus objetivos e sua voz um sutil desespero, mesmo que muito discreto em sua demonstração. Vagou, cantou. Sorriu, chorou. E nesse seu caminhar mágico pela história da vida foi colecionando fragmentos de carinho que por hora contentavam, mas sentia que eram apenas fragmentos. Do outro lado da rua ela doava seus fragmentos de carinho: uma poção mágica aqui, uma dose homeopática ali... mas sempre em fragmentos. E assim ela sorria pela história da vida sem maiores envolvimentos na sua cápsula de proteção. Embalados pelo calor da hora atravessaram a rua e seus olhares cruzaram...

terça-feira, 6 de julho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Modernidades...

E quando ele disse:
- Me apaixono pelo rosto!
Ela pensou:
- Ufa! Posso engordar...!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Escolhas...

E quando percebi
-- naturalmente --
já havia escolhido
e não havia pensado
nas consequências...

Ainda não sei
se foi o melhor,
a melhor escolha

Mas com toda
a certeza
está sendo muito boa
esta nova caminhada!

terça-feira, 8 de junho de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Se faz necessário sair da ilha!

Essa coisa da obrigação de
ser sozinha e silenciosa me irrita.
Não sou uma ilha e tampouco
quero voltar a viver em uma.

O fato de viver numa ilha
me fez acreditar que eu era uma ilha.
Que minhas certezas eram certas
e que minhas dúvidas não eram dúvidas,
mas apenas inseguranças.

Não me dividir é o maior castigo,
maior egoísmo que poderia fazer comigo.
E eu não quero novamente
esse sofrimento em meu peito.

domingo, 16 de maio de 2010

E agora eu tenho uma amiga virtual que lê os meus momentos.
Nunca dividimos experiências de vida
ou segredos indiscretos
e quando eu menos espero ela surge com frases
que condizem com o momento pelo qual estou passando...
Sábia e lúcida, parece me estudar.
Ou será que ela sempre me conheceu e só eu não soube?

Bem, isso eu não sei.
Mas sei que ela me conhece.
E muito bem!
E talvez muito mais do que eu a mim mesma.

segunda-feira, 10 de maio de 2010




E quando pegavas em minha mão eu pensava:
"E ainda me ajuda a caminhar!"
E quando me olhavas eu pensava:
"Aconteça o que acontecer, nossa amizade nunca irá acabar!"

E havia pensado em escrever algo lindo
sobre a saudade que sempre me invade:
mas não posso, pois a minha tristeza é linda e poética para os outros
e para mim um vazio que teimo em entender.

Uma saudade dos assuntos divididos,
dos momentos compartilhados,
das dúvidas respondidas,
das certezas questionadas,
dos silêncios vivenciados
e das vitórias comemoradas.

Todos os instantes muito bem aproveitados,
intensamente gargalhados,
enquanto por aqui estavas ao nosso lado...
Muito mais do que um amigo,
um companheiro que só aqueles que presenciaram podem confirmar.

E havia pensado em dizer-te isso tudo,
mas o tempo, senhor de tudo, nos distanciou...
E com toda certeza posso afirmar que fomos cúmplices
e afinados nesta melodia do viver;

E hoje posso dizer que a genética se faz muito mais do que presente
e quando menos espero sou reflexo do que eras.
E tudo o que foi vivido continua sendo vívido em meus sonhos:
totalmente explicativos de tão reais que são!

sábado, 8 de maio de 2010

Quizá, quizá, quizá ...

Traindo-me escancaradamente!

Y he decidido: não quero mais ser uma estudiosa,
ahora quiero ser estudiada.

Y eso a mi me basta.
Y lo tengo dicho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

E hoje amanheceu diferente.

Parecia que não estava aqui.
Parecia que caminhava pelo outro país.

Na verdade não era o outro país.
E hoje a neblina estava apenas mais densa.

Quem acordou diferente fui eu.

domingo, 25 de abril de 2010

Te quiero con limón y sal ... A.!

E ontem teve festa e eu não dancei. E ontem teve carnaval e eu não desfilei.
Carnavalizando meus sentimentos. Este furacão que me invade quando penso naquele que penso.
Certamente isso é bossa nova! Uma vaidade disfarçada de orgulho. Ou estima por mim mesma.
Bem, não importa. O que importa é que me descontrolei pela decisão da ausência. Se causou alguma reação eu não sei. Mas uma champagne foi aberta. Líquidos borbulhantes me invadiram e desejei muita felicidade.
E seguimos dando tempo ao tempo. Caminhando em passos lentos. Respeitando meus limites.
Existenciais e circunstancias.
Para que com o tempo, se assim o mereceres, possa dar-te tudo o que tenho.
Para que pouco a pouco, esquecendo do tempo e da sua velocidade, haja um encontro.

Una cita con tus ojos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010



E amanhece novamente... é a lei da vida e com isso não poderemos nunca parar!
E esses bichos caminhantes que hoje somos são completamente distintos daqueles que fomos ontem, pois um abismo nos separa de nós mesmos: aquilo que fomos não somos mais. E tampouco queremos seguir sendo (certamente eu não quero). Onde fomos parar eu não sei e não me importa sabê-lo. Afinal, a roleta-russa na qual nos transformamos nos agrada; essa coisa constituída de sol e chuva, princípio e final. Feitos de mistério e traição. Traindo-nos o tempo todo. Enganando-nos como se não fosse evidente o que estamos fazendo. Demos tantas voltas em nós mesmos que hoje nos tornamos maravilhosamente estrangeiros: não saber mais o que se é torna a vida mais interessante. Libertos de amarras. Livres para seguir com mais segurança. Mesmo que não se saiba com quem se está viajando. Afinal, aquele excesso de lucidez me incomoda! Ainda gosto do gosto da parte romântica da vida. O que ainda não sabemos nos encanta, o que estamos decifrando enquanto caminhamos torna a estrada mágica nesta escandalosa prisão de sentimentos...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cha Cha Cha Moderno (Nei Lisboa)

E é nessas horas que percebemos a fragilidade da vida: numa hora estamos aqui, em outras não; numa hora estamos sozinhos, em outras acompanhados; numa hora estamos completos, em outras completamente vazios...
E é nesse vai e vem, vai e não vem que vamos nos encontrando, que vamos nos buscando. Eu e tu, tu e eu. Chegando bem perto de um nós. Conjugando e vivendo os verbos que vão aparecendo. Nos seus tempos perfeitos e imperfeitos; ajeitados com os pronomes que vão acompanhando.
E os caminhos se encontram, se desencontram e se reencontram. Quem somos e para onde vamos me parece complexo. Me importa mais viver e escolher ser feliz. O que é ser feliz eu também não sei. Então escolho estar alegre. Comigo, contigo, com todos; no presente e no futuro. Melhor ainda: escolho estar. Ser me parece ilusório. Pois, afinal de contas, o tempo é a ilusão que não volta mais, o tempo é ilusão em qualquer lugar!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Irreversible (La Oreja de Van Gogh)


Volta a chover em teus olhos
Vontade de falar, vontade de me explicar
Penso em ti e um pouco mais em mim
Sem ti para incentivar os meus sonhos e a minha loucura a vida ficou cinza
Não que haja a necessidade urgente, mas a real vontade de ter a tua companhia
E ao esperar a tua volta, espero que compreendas a minha traição
E espero que aceites a minha devoção
Que sempre foi tua somente tua

E desde aquela noite
Na qual viste minha insensatez desnuda
São tão fortes as batidas do meu coração
Que superam o som da minha voz
E depois daquilo,
Meu melhor amigo só escuta teu nome
E a cada noite eu morro um pouco mais
E desperto com a esperança do teu regresso
Com a certeza de que não voltará a chover


(SANTOS, L.)

domingo, 28 de março de 2010

Agua Pasada (Joaquin Sabina)



E assim foi escapando de uma prisão de amor como se fosse a fuga mais esperada da sua vida e caiu nos delírios do álcool para esquecê-lo. Sempre fugitiva daqueles sentimentos, descobriu sua loucura e atravessou o oceano para melhor viver, para correr atrás de sua essência. Enquanto aqui estava, disfarçava sua solidão com a voz de Sabina e com palavras de Caio Fernando de Abreu. Tinha a certeza de que isso a completava. Completava ou satisfazia seu vazio passageiro que nunca passava? Viveu num quadrado onde tudo parecia perfeito, perfeitamente calculado. Trocou o passado perfeito por um presente perfeitamente imperfeito. Dividida entre duas línguas e dois amores foi viver o seu desejo cultural. A vida materna em decadência, a vida estrangeira em ascensão. E no meio dessa tormenta, foi alimentar sua alma. E no meio dessa refeição conheceu a perdição de sua vida. Conheceu a salvação da sua vida. Duas almas insanas com ânsias profanas. Sabina os uniu. Caio Fernando os alimentou. Ele teve atitude, ela teve medo. Fugiu, correu. Voltou para a terra materna. E aqui entendeu que o lá não era a sua essência e sim o seu sonho. E lá viveu o seu sonho pequeno burguês de encontrar o grande amor no meio da multidão. Lá chegou a pensar que não sobreviveria sem anfetaminas. Aqui compreendeu que estava completamente adicta do amor que sentia e recebia dele. Lá pensou que fora vazia. Aqui compreendeu que é completa. E que apenas quer se dividir com a completude dele.


(SANTOS, L.)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Un Mundo Mejor (La Casa Azul)

Te odeio
te abomino
e te desejo ...

A parte boa
é que estimulas os meu sentimentos
é que estimulas a minha criatividade
e a minha sensualidade!

Enquanto estás no virtual
minha vida segue normal.

Se foges deste quadrado,
minha vida vai para o inesperado...




(SANTOS, L.)

terça-feira, 23 de março de 2010

Deja Vu (Gustavo Cerati)

E sigo comendo as maçãs da feira
para adormecer
e quem sabe nesse passo
eu passo sem ninguém me perceber

Literalmente escondida
nesta vida sintática
que virtualmente
analiso no teu discurso

Todavia se teu discurso
sair do teu virtual
e vier para o meu literal
deixo de lado a análise

As maçãs irei vender
para que nessa sintaxe
bem devagar
alguém comece a me perceber

(SANTOS, L.)

quarta-feira, 17 de março de 2010

A Fábula (Nei Lisboa)



Te encontrar se faz preciso
neste momento de turbilhão
neste momento de imensidão
onde tudo parece indeciso.

Se estou assim, a culpa não é tua
a culpa não é minha...
Não existe uma culpa,
não existe uma desculpa!

Busco há muito tempo meu reflexo
que hoje o teu retrocesso me devolve.
Em doses homeopáticas e intensas
desta tua imensa tristeza.

Te Sigo Soñando (DePedro)

(...)

Na tarde anterior havia mandado para a casa dela uma roseira de presente com o seguinte cartão: “Uma rosa não basta. Uma dúzia é clichê. Te presenteio com a roseira para que juntos plantemos nosso jardim. Com afeto, Teu Diletto.”

Encontraram-se em um café e por horas a fio conversaram. Ela sabia que a partir dali sua vida mudaria e muito. O modo como ele a olhava, como respirava, gesticulava e mexia o cappuccino com aquela colher de prata a hipnotizavam. Enquanto falava, gesticulava. Enquanto mexia o cappuccino, falava. Enquanto bebia, a desnudava com o olhar.

E assim – persuadindo, seduzindo, provocando, irritando, enganando – foi conquistando. Foi envenenando com a sedução de maior abandonado; com o jeito único de ser: um jeito roqueiro de viver, mas que revela um tango no coração.
E ela segue afirmando que foi (e seguirá sendo) o brilho daqueles olhos ao pousar nos dela que faz com que ela continue desejando o desejo dele.


(...)

terça-feira, 16 de março de 2010


A palavra bem dita constrói;
A palvra maldita destrói.

A família que um dia foi a base
também pode se tornar a ruína.

O cachorro pode ser o mais fiel,
mas também pode ser aquele que mata.

Por isso eu gosto das ovelhas:
elas nascem bonitinhas, tomam leite na mamadeira,
crescem e aparam a grama -- sua fonte de alimentação.
Com o tempo engordam e morrem.
Com a sua lã eu posso me aquecer no inverno,
com a sua carne posso me alimentar.
E a melhor parte: elas são silenciosas, discretas e não atacam o dono.

Continuo com a idéia campesina.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

La Vida és Un Carnaval (Célia Cruz)

Sou uma parte da cura
Ou uma parte da doença?

Malditos encontros ao acaso
Marcados pelo destino
Que na memória permanecerão

Oportunidades perdidas
Ou palavras perfeitamente ditas?

Isso não importa
O que importa é que houve um encontro
Uma afinidade
E uma cumplicidade!

O resto é o resto
E hoje eu não quero mais pensar nisso...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dos en la Ciudad (Fito Páez)

Um gato louco
Sedento de vida
Sedento de amor
Sedento de Paixão
Às vezes professor, às vezes aluno
Num dia ensina no outro desaprende
Um dia sério... Em seis inconsequente
Pensa que engana que é mal
Eu minto que acredito
Inventa sua dança e me convida:
Aceito sem pensar!!
Transpira sedução
Exala sensualidade
Dissimula sentimentos
E eu gargalho!!!!
É forte, é guerreiro
E fala através da música
Revelando-se o tempo inteiro
E eu sigo mentindo que não sei...