quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Yo También (La Casa Azul)

A inconstância do ser é algo que me persegue (na verdade a todos).
Escolhas inconscientes, lugares inusitados e reações incomuns. E no meio de tudo isso (re)encontros explosivos.
Caminhando pelas ruas históricas a escolha foi comum: um lugar, a boa companhia e o momento de descontração... Até aí tudo bem, coisas que sempre buscamos ao final do dia. Ou não ... pois no meio de tudo isso pode acontecer um (re)encontro.
(re)Ver pessoas é sempre bom, e ás vezes anestesiante. Não há a real necessidade de troca de palavras (muito embora eu adore-as); a simples (simples?!) troca de olhares é a causa de uma catarse incontrolável (tenho a certeza de que você já passou por isso!) em meio a multidão que busca relaxar. O universo congela, o corpo congela, o cérebro congela. Definir? A mim parece ser complicado. Definir uma sensação é sempre complicado. Você lembra da última vez que sentiu isso? Claro que lembra! Esses momentos são sempre inesquecíveis: o universo se torna tão pequeno que as sensações se intensificam: a sensação de tremor é tanta (para onde foi a minha coordenação motora?!) que por consequência amplia a audição, pois só se escuta a batida do coração (aquele 'tum-tum-tum' calmo e denso); a saliva vai embora e o cérebro esvazia! É ... é assim com todos aqueles que sabem a real importância daquilo que foi vivido e dividido. A anestesia é natural (assim como aquele filme que fica passando no imaginário - bem devagarinho!!!). Natural para aqueles que vivem despidos de racionalidade. Já para aqueles que vivem por viver isso é apenas ... um encontro! A real importância da vida é a importância real que damos a ela!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Deixa o Bicho (Nei Lisboa)




Tudo é vontade de acertar!!!

(...)
A noite chega o santo baixa
E o dia volta pra contar
Tudo é caminho deixa o bicho
Dá tudo no mesmo lugar
Não ando do lado da lei
E a lei não foi idéia minha
Mas mesmo que o mundo não gire
Na velocidade que eu queria
Alguns edifícios por dia
Desabam dentro da avenida
E salva-se a filosofia
(...)
Disneylândias não vão nos levar ao céu
Todo céu que ainda exista
Vive no encanto dos atores sem papel

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Brillante Sobre El Mic (Fito Paez)

Ainda hoje escuto coisas absurdas das pessoas mais inusitadas. Pessoas inusitadas aparentam não ter sofrimentos, mas são as mais sofríveis frente aos meus verdes olhos.

A ignorância dos 'outros' me causa áscuo. Ausência verbal me causa repugnância. O fato de não tocar em determinado assunto não quer dizer que ele tenha sido esquecido; quer dizer que ele está muito mais vivo do que se possa imaginar. Ufa! Desabafado.


(...)
Hay, recuerdos que no voy a borrar
Personas que no voy a olvidar
hummmm...
Hay, aromas que me quiero llevar
Silencios que prefiero callar
hummmm...
Son dos, las caras de la luna son dos
Prefiero que sigamos, mi amor, presos de este sol
Dejar, amar, llorar,
El tiempo nos ayuda a olvidar
Y allá, el tiempo que me lleva hacia allá
El tiempo es un efecto fugaz
hummmm...
Y hay, yeah, hay cosas que no voy a olvidar
(...)

Fonte: http://letras.terra.com.br/fito-paez/14812/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu Não Sou Chico Mas Quero Tentar (Teatro Mágico)

As histórias vividas estão muito bem guardadas. E aquelas que ainda não vivi? Para onde é que foram?
Depois do que escrevi ontem, fiquei alguns momentos pensando: o que nos impede de ir atrás daquelas 'coisas' que nos faziam tão bem? Daquelas 'coisas' que eram tão essenciais? Elas se perderam ou foram deixadas em algum canto guardado?
Pois bem, mansamente levantei, mansamente terminei aquilo que o sono e o cansaço venceram na noite anterior e saí.
Saí a caminhar, a pensar, a conversar e a admirar. Uma revista, uma água e uma boa música me fizeram companhia.
Tirei o sapato e caminhei na areia. Cansada, sentei pertinho da lagoa. Respirando fundo, relembrei os ótimos momentos vividos, as risadas compartilhadas e os temores divididos. Um sorriso satisfeito veio mansamente invadindo o meu rosto: nestes minutos de silêncio tive a plena sensação de tranquilidade. Despida de letras e sons, pensei em como é bom ser o que sou hoje. Sou a soma de tudo e todos aqueles que pela minha vida passaram (e passam) e, mais do que passar, deixaram (e deixam)marcas profundas.
Um momento pequeno e intenso de encontro. Um encontro singular que nenhum dicionário poderia traduzir. Encontro com a poesia pessoal que todos nós carregamos e teimamos em esconder.
Que pena que as nossas atitudes dissimuladas impeçam que o óbvio se faça presente para todos nós. Atuar é muito fácil; difícil é ser o que se é.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Super Duper Love (Joss Stone)

Um dia de sol! Que maravilha!! Embalada pela música do título, imagens vieram invadir meus pensamentos.

Tardes como esta me faz lembrar de uma época bem linda e quente da minha vida. Uma época em que o ócio era essencial para preencher a alma. Época em que ser muito feliz era a lei.
Tardes de sol recheadas de muito amor e muita alegria, onde a lei fundamental era dividir!
Dividir idéias, sentimentos, carinhos... tudo isto com fundo musical e cores, e cheiros e amores. Convidados principais? Fito Páez e Vitor Ramil. As cores? Verde e amarelo. Atores? Ah ... isso é outro capítulo!
Atores de si mesmos.
Em meio a orgias culturais os laços mais estreitos eram aproximados com nós cegos. Cegos de racionalidade e permeados de naturalidade. A intensidade era a prima-irmã dos ótimos momentos.

Sei que estas palavras são muito metafóricas, mas a intenção era essa: viver uma metáfora. Ou será que eu vivi uma metáfora quando na verdade a realidade era hiperbólica? Até hoje eu não sei. Só sei que acordei com o sabor daquela época próxima. Só sei que acordei com a sensação de que tudo ainda é vivo do outro lado.
O telefone mudo me irrita. A caixa de e-mails vazia me atormenta. Mas ao mesmo tempo vejo que tudo ainda é muito vivo quando ligo a TV ou o rádio: é aquela frase bem dita que foi eternizada ou aquela canção que volta e meia toca.

Talvez eu ainda saiba ler aqueles sinais; talvez seja porque eu nunca os tenha esquecido. Por onde andei? Por onde ando?
E os caminhos não se cruzam. As ruas tornam-se estradas e a cidade megalópole.
Uma história confusa com um fim engasgado. Será que fomos tão pouco um para o outro?

Ainda me pergunto.
Embora eu seja colorida, a minha vida ficou cinza. Falta o essencial.

Mas afinal: o que é essencial?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dias e Noites!

Às vezes um vendaval inunda a alma, sem motivo aparente.
Me perco em meus pensamentos e sentimentos. Uma vontade de calar, uma vontade de sentar e chorar. Dia pesado, horas que não passam...
E vontade de calar e sufocar o turbilhão que atormenta!
Impossível.
Então... explodiu!
Sentei e chorei. E bem de mansinho veio a pergunta lá do Herval: "Tristinha?"
E senti vontade de escrever, desabafar! E dasabafei. Um tanto quanto trêmula em me revelar, em repartir sentimentos; e enfim me desnudei.
E ela me escutou, me amparou e piadas contou! Que alegria gritar e ser abraçada!
E quando menos espero a formosura entra com sua ingenuidade (de quem está descobrindo outro mundo) e me faz rir! E com ela vem outro: a música de nossas tardes.
Impossível continuar a ficar triste perto de vocês. Impossível ficar sem vocês!

É para vocês que dedico essas palavras. É para vocês que mando meu carinho!