quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu Não Sou Chico Mas Quero Tentar (Teatro Mágico)

As histórias vividas estão muito bem guardadas. E aquelas que ainda não vivi? Para onde é que foram?
Depois do que escrevi ontem, fiquei alguns momentos pensando: o que nos impede de ir atrás daquelas 'coisas' que nos faziam tão bem? Daquelas 'coisas' que eram tão essenciais? Elas se perderam ou foram deixadas em algum canto guardado?
Pois bem, mansamente levantei, mansamente terminei aquilo que o sono e o cansaço venceram na noite anterior e saí.
Saí a caminhar, a pensar, a conversar e a admirar. Uma revista, uma água e uma boa música me fizeram companhia.
Tirei o sapato e caminhei na areia. Cansada, sentei pertinho da lagoa. Respirando fundo, relembrei os ótimos momentos vividos, as risadas compartilhadas e os temores divididos. Um sorriso satisfeito veio mansamente invadindo o meu rosto: nestes minutos de silêncio tive a plena sensação de tranquilidade. Despida de letras e sons, pensei em como é bom ser o que sou hoje. Sou a soma de tudo e todos aqueles que pela minha vida passaram (e passam) e, mais do que passar, deixaram (e deixam)marcas profundas.
Um momento pequeno e intenso de encontro. Um encontro singular que nenhum dicionário poderia traduzir. Encontro com a poesia pessoal que todos nós carregamos e teimamos em esconder.
Que pena que as nossas atitudes dissimuladas impeçam que o óbvio se faça presente para todos nós. Atuar é muito fácil; difícil é ser o que se é.

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