(...)
Na tarde anterior havia mandado para a casa dela uma roseira de presente com o seguinte cartão: “Uma rosa não basta. Uma dúzia é clichê. Te presenteio com a roseira para que juntos plantemos nosso jardim. Com afeto, Teu Diletto.”
Encontraram-se em um café e por horas a fio conversaram. Ela sabia que a partir dali sua vida mudaria e muito. O modo como ele a olhava, como respirava, gesticulava e mexia o cappuccino com aquela colher de prata a hipnotizavam. Enquanto falava, gesticulava. Enquanto mexia o cappuccino, falava. Enquanto bebia, a desnudava com o olhar.
E assim – persuadindo, seduzindo, provocando, irritando, enganando – foi conquistando. Foi envenenando com a sedução de maior abandonado; com o jeito único de ser: um jeito roqueiro de viver, mas que revela um tango no coração.
E ela segue afirmando que foi (e seguirá sendo) o brilho daqueles olhos ao pousar nos dela que faz com que ela continue desejando o desejo dele.
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quarta-feira, 17 de março de 2010
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